Coimbra meu amor!
romântica cidade
que cheira
à centenária canforeira
que está
por trás da Torre da Universidade
que nunca morrerá
nos nossos corações
na nossa intimidade
Coimbra meu amor!
a das glicínias,
magnólias e chorões
e perfumadas rosas
das almas amorosas
de que se fala em todas as alíneas
dos múltiplos capítulos
e respectivos títulos
dos nossos livros de recordações
Coimbra meu amor!
a das canções e guitarradas
encomendadas
aos meus amigos para ti
desde esse dia em que eu te conheci
Coimbra meu amor!
que em nossos corpos e sentidos
perdurará
mesmo depois de arrefecidos
todos os sóis que giram no universo
Coimbra meu amor!
que para ti cantei liricamente em verso
Coimbra meu amor!
onde estudaste
e sem querer me perturbaste
com teu cabelo loiro
que sempre conservaste
mesmo quando começaste
a envelhecer
até morrer
Coimbra meu amor!
que está cravada
com fulvos cravos de oiro
por toda a eternidade
nos nossos corações em paridade
Coimbra meu amor!
onde nós nos conhecemos
e juntos lado a lado ficaremos
e repousaremos
sob as bênçãos do Senhor
Coimbra meu amor!
que se eu fosse Aznavour
a soluçar diria
em cada dia:
Coimbra mon amour!
João de Castro Nunes
Fevereiro de 2008.