Ouço o teu nome
No silêncio das coisas que não falam
ouço o teu nome
no silêncio das vozes que se calam
ouço o teu nome
porque ele está
como um crachá
de ambicionada condecoração
posto e cravado por divina mão
sobre o meu coração
que a saudade consome:
por isso o ouço permanentemente
queira eu ou não
nos meus tecidos e na minha mente
constantemente
como uma espécie de canção
no silêncio das coisas que não falam
e de todas as vozes que se calam
por minha inconfessável intenção!
João de Castro Nunes
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