Letra para uma sonata
Anjos e rosas,
estrelas luminosas,
noites de lua-cheia,
búzios na areia,
inventemos na mente
em cada dia
da nossa fantasia,
porque é urgente
não permitir que morra a Poesia!
Que ela supere os vasos de que é feito
o nosso coração dentro do peito
e nos eleve o pensamento
ainda para além do firmamento!
Há que engendrar
rosas a esmo
ainda que mesmo
tão-só para cheirar!
Eu quero, meu amor,
montes de rosas bravas de toucar
para te pôr
nas jarras Vista Alegre a enfeitar
no nosso antigo lar
o teu retrato já sem cor,
ó meu amor,
que nunca hás-de morrer
enquanto rosas eu puder colher,
mesmo que unicamente
de modo virtual em minha mente!
João de Castro Nunes
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